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terça-feira, 17 de maio de 2011

Simplicidade de um pescador

Certa vez, um homem muito rico e muito ocupado caminhava pela praia para tentar aliviar a carga dos inúmeros e complexos problemas que moldavam a sua vida. De repente, ele deparou com um pescador deitado despreocupadamente junto de um barco, olhando o azul do céu. Indignado, deteve-se junto ao pescador e perguntou:
– Como você pode ficar deitado aí, por que não está pescando?
O pescador virou lentamente a cabeça na direção do homem e respondeu com outra pergunta.
Por que você está tão irritado? Eu não estou pescando porque já pesquei o suficiente para o dia de hoje.
Inconformado, o homem insistiu:
– Se você estivesse com seu barco no mar, certamente traria mais peixes para vender ou estocar e poderia ganhar muito mais dinheiro. Com mais dinheiro, você compraria um barco melhor, mais moderno, com maior capacidade de navegação, e com ele teria uma pesca mais abundante e conseqüentemente mais dinheiro. Logo você poderia até ser dono de uma companhia pesqueira e ser um homem rico.
E o que eu faria então? – perguntou o pescador.
– Você teria condições de gozar muito mais desta vida. Poderia comprar uma linda casa, automóvel do ano, roupas caras, viajar, namorar lindas mulheres. Enfim, tudo o que o dinheiro pode oferecer.
– Mas eu sou feliz assim, vivendo cada momento como único e precioso; vivo o presente e o que tenho basta para suprir minhas necessidades. Assim consigo apreciar a vida estando atento a tudo o que me acontece.
– Você se contenta com pouco. É preciso aproveitar mais a vida!
Olhando o interlocutor com um leve sorriso desenhado no rosto, o pescador perguntou:
O que você acha que eu estou fazendo agora?
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Eis um conto popular, de autoria desconhecida e que vi no livro "Aulas de Transformação", de Marilu Martinelli - Editora Peirópolis (1996). 

O que nos faz sentir contentamento? O que é aproveitar a Vida? Do que podemos abrir mão para simplificar o viver? Quais os valores em que alicerçamos o conceito de ser feliz nas experiências da Vida?

2 comentários:

  1. Lembra-me a célebre história contada por OSHO em O LIVRO DA TRANSFORMAÇÃO - HISTÓRIAS E PARÁBOLAS DAS GRANDES TRADIÇÕES ESPIRITUAIS PARA ILUMINAR SUA VIDA (e também já contada por DIVALDO FRANCO em palestra proferida aqui em Fortaleza) em que Alexandre O Grande aborda o filósofo Diógenes de Sínope (um dos fundadores da Escola Cínica), que estava à margem de um rio tomando banho de sol, nu, dizendo-lhe: "estou impressionado com o seu ser e gostaria de fazer algo por você. Há algo que eu possa fazer por você?". Diógenes responde: "Apenas afaste um pouco para o lado, porque você está tapando o sol. Só isso. Não preciso de mais nada"

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  2. Eugênia,
    Certa vez, antes de sair o ganhador de umas dessas mega-senas hiper-super-acumuladas, perguntei-me o que iria comprar caso fosse o vencedor. Parei para pensar seriamente. Passei alguns instantes vendo e revendo o que podia trocar ou querer comprar e concluí que NÃO TINHA NADA a adquirir com o super-prêmio, NADA que não possa obter com o que ganho com meu trabalho de assalariado.
    Aí, com uma sensação de felicidade, descobri que já sou/estou rico, de verdade.
    Imagina só, me senti um Diógenes!...srsrsrsr

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