Após uma gravidez de gêmeos, fruto do estupro do padastro, foi autorizado pelo Judiciário pernambucano o aborto em uma criança de 9 anos de idade, após uma junta médica asseverar que a grávida corria risco de morrer, caso fosse levada adiante a gestação.
Abstração feita da lei humana e de outras diretrizes religiosas, em "O Livro dos Espíritos" (1857), Allan Kardec fez a pergunta 359: "Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?"
Resposta dos Espíritos-reveladores da Doutrina Espírita, há 152 anos:
"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe."
Ou seja, se a avaliação médica está correta (gravidez de gêmeos pondo em perigo a vida da mãe de 9 anos de idade), é preferível que os homens sacrifiquem a oportunidade dos que estão em processo reencarnatório (que ainda não re-nasceram) a fim de poupar e garantir a integridade da existência do ser que já está encarnado (a garota-mãe), com mais vínculos na Terra.
O tempo de contato com a matéria é decisivo para apontar facilidade ou dificuldade para nova encarnação. Neste instante, os que tiveram frustrado seu retorno, têm mais facilidade em se preparar para uma nova reencarnação do que o Espírito daquela que já está encarnada há 9 anos.
Portanto, seguindo a economia espiritual, não houve crime por parte daqueles que decidiram pelo aborto e o efetuaram. A intenção real e verdadeira é tudo e basta. Está é a posição que colhemos a partir do estudo de "O Livro dos Espíritos".
DEBATE: O que vocês acham de "o ser que ainda não existe", em se referindo aos reencarnantes?
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