Muita gente já assistiu e gostou do filme "FEITIÇO DO TEMPO" (The Groundhog Day - 1993), mas recomendo assistir novamente, sob outro olhar, um novo ângulo. Não porque seja o melhor filme dirigido por Harold Ramis que, além de atuar numa ponta como um neurologista, também co-escreveu o roteiro com Danny Rubin, baseado em uma estória deste. E nem também porque seja o melhor filme na carreira de todo seu elenco, encabeçado pelos atores Bill Murray e Andie MacDowell. Enfim, "O Feitiço..." é uma mescla inteligente de comédia, fantasia, romance e um pouco de drama também.
(QUEM AINDA NÃO ASSISTIU, PARE DE LER AGORA E CORRA PRÁ ALUGAR O FILME. APÓS, VOLTE A LER O QUE ABAIXO SE SEGUE)
O filme é uma parábola Zen, onde o herói interpreta um jornalista que vai cobrir a festa popular americana que comemora o início da primavera quando a marmota sai da toca onde hiberna. Ele passa o dia todo e vai dormir,mas quando acorda, o dia seguinte é uma repetição do dia anterior. Depois que vários dramas se desenrolam e são narrados, o jornalista percebe que os seus dias são todos iguais. A bizarra repetição dos mesmo eventos o leva à loucura e ele tenta se matar. Contudo, mesmo se ele se matar, vai acordar no dia seguinte e tudo começará de novo. No final, o que acontece é que ele aceita a existência como eternidade. Começa a viver cada dia do melhor modo possível, tentando aperfeiçoar cada uma das suas ações em prol dos outros e de si próprio. O filme termina com o personagem acordando absolutamente feliz, pulando da cama, desligando o despertador, vestindo-se, sabendo exatamente onde certa criança vai cair de uma árvore e vai estar lá para apanhá-la; sabendo onde um determinado ônibus atropelará alguém e vai afastar a pessoa do perigo. Uma vez desperto, o herói é finalmente liberado do laço do tempo, porque começa a redefinir a si mesmo e às suas interações com os outros. Ele, então, escolhe tornar cada dia mais excelente que o anterior.
"P.S.: Este foi o olhar de James Traitz, contido no livro "O Fim do Sofrimento", pág. 64/65".
Mui inspirador prás existências de cada um de nós, não acham?
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